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Adeus aos algoritmos

Lush comunicou, há cerca de uma semana, que deixará de alimentar seus perfis no Facebook, Instagram, Snapchat e TikTok. Não é a primeira vez que a marca de cosméticos naturais de origem britânica faz esse movimento. Em 2019 ela manifestou a mesma vontade mas, por conta da pandemia, deu um passo atrás para poder atender seus clientes. Agora, decidiu retomar esse objetivo e fechará todas as suas contas nos 48 países em que opera no próximo dia 26 de novembro.

A decisão está intrinsecamente ligada aos valores em que a Lush acredita – ética e bem-estar. Para o CDO Jack Constantine é um contrasenso manter os perfis por ser uma marca que se dedica a criar produtos que ajudam as pessoas a se desligar, relaxar e prestar atenção ao seu bem-estar. “As plataformas de mídia social tornaram-se a antítese desse objetivo, com algoritmos projetados para manter as pessoas na tela e pará-las de desligar e relaxar”, afirma em comunicado.

Adição e ansiedade

As recentes denúncias feitas por ex-funcionários do grupo Meta (leia-se Facebook e Instagram), somadas a uma regulamentação frouxa, reforçaram a decisão da Lush em parar de publicar conteúdo nestas quatro plataformas até que elas possam oferecer um ambiente menos nocivo e mais seguro para os usuários. Por ora, investirá em seus perfis no Twitter e Pinterest e nos próprios canais de comunicação como site, YouTube e no velho e bom e-mail, entre outros.

Em entrevista para Vogue Business, Constantine afirma que não deixa de ser “um desafio empolgante” descobrir como interagir com sua base de seguidores e que isso não acontecerá “da noite para o dia”. Representaria um risco grande ou um grande acerto para a marca? Só o futuro dirá.

O que vem pela frente?

Lush não é a única a se afastar das redes sociais. Bottega Veneta eliminou sua conta no Instagram no início de 2021 e Balenciaga simplesmente zerou seus posts. O fato é que empresas estão refletindo e revendo o modo como desejam estar ou não nas principais plataformas de social media. Seja por uma questão ética, seja por um tema de investimentos ou para corresponder às expectativas de um consumidor que parece estar atento, cada vez mais, à relação discurso-prática de suas marcas favoritas. Seria o início de um novo ciclo para as redes sociais ou apenas um constante evoluindo? Deixe aqui a sua opinião! 🙂

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