Perfumes e design

Há algumas semanas abordei o tema da importância do design na perfumaria em um post que escrevi para a galaxiaLAB, consultoria de inovação e produtos. Nele, comento como o design é uma das dimensões mais relevantes na construção do conceito de um produto ou de uma linha, pois é por meio do design que o conceito fica mais claro e concreto para o público. Citei como um superexemplo o perfume Chanel nº 5, lançado no início dos anos 20.

Na época, Coco Chanel queria lançar uma fragrância diferente de todas. Para isso, teve a ajuda do perfumista Ernest Beaux que elaborou um caminho olfativo inovador, com cerca de 80 substâncias e notas das flores mais luxuosas.

Se o perfume tinha de ser inovador, o frasco não poderia ficar atrás. É aí que entra o design. Chanel decidiu romper com a estética rebuscada da art nouveau e optou por construir um frasco de linhas puras, austeras até. O design minimalista também foi adotado para a embalagem: um cartucho branco retangular, contornado por linhas pretas.

Ilustração do cartunista Sem (Georges Gousart). 1921

O impacto da fragrância e, em especial, do design ultraclean de sua embalagem – frasco e cartucho – foi imenso. E fez com que o perfume Chanel nº 5 passasse a fazer parte da coleção permanente do Museu de Arte Moderna de Nova York e se transformasse em um ícone atemporal dos universos do perfume e da moda.

Quer saber mais sobre este ícone atemporal? Assista a um vídeo sobre ele aqui.

Atualizando! Escrevi o post acima há dois anos, em 2019. Acabei revisitando-o por conta de um novo projeto e me dei conta de um fato mais que importante: há 100 anos Mademoiselle quebrava todas as regras do mundo da perfumaria e lançava Chanel nº5. Celebre aqui.

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