No final de maio, chega às lojas da Louis Vuitton sua primeira linha de perfumes masculinos. São cinco fragrâncias criadas pelo mestre perfumista Jacques Cavallier Belletrud, com nomes que remetem à essência da Casa – L’Immensité, Nouveau Monde, Orage, Sur La Route e Au Hasard -, que teve sua origem como fabricante de malas e baús de viagem em meados do século 19.
Em entrevista à Madame Figaro, Michael Burke, CEO da Louis Vuitton, comenta o regresso tardio no concorrido e bilionário mercado de perfumes. “Estamos revivendo este aprendizado”, pontua Burke ao lembrar que a marca já havia atuado na categoria nos anos 1920-1930. Os femininos chegaram em 2016. Agora é a vez dos masculinos.
A perfumaria Vuitton é 100% nicho e, na visão do executivo, isso é muito melhor do que atender 1% do mercado de massa, já que não é preciso seguir as regras do setor ou obedecer aos planos de marketing. O que significa poder ser ousado e trazer algo novo para o negócio. E para isso contam com o competente nariz de Belletrud, quarta geração de uma família de perfumistas de Grasse.
O parfumeur-créateur construiu fragrâncias que passam longe das opções frescas e esportivas que dominam o mercado, mirando um consumidor que manifesta uma nova masculinidade. Por isso, a escolha de notas como cacau, cardamomo, açafrão, gengibre, toranja ou íris, entre outras. “Os homens estão cada vez mais sofisticados e sem receio de experimentar perfumes que, no passado, poderiam ser considerados femininos”, afirma Belletrud em entrevista ao South China Morning Post.
Com o lançamento desta coleção de perfumes e a recente divulgação do multiartista Virgil Abloh como diretor criativo da moda masculina, a Louis Vuitton está desenhando um novo perfil do consumidor da label, muito em sintonia com temas sensíveis aos Millennials como multiculturalismo, arte, vivências, streetwear, diversidade e conectividade.
Em tempo: a primeira (e aguardada) coleção de Abloh para a Vuitton será apresentada em junho, durante a semana de moda masculina de Paris.
hummm, imaginando o ‘cheirinho’!
Também estou bem curiosa!E têm tudo para serem um sucesso!