Entre bobes e secadores

Assim como acontece com as roupas, a maneira como tratamos, cortamos, penteamos, e colorimos os cabelos reflete o espírito de uma época, fazendo com que os espelhos dos salões de beleza sejam cúmplices de mudanças sociais, tecnológicas, políticas e econômicas.

A exposição Beehives, Bobs and Blow-dries (em tradução livre Penteados Bolo de Noiva, Bobes e Secadores), que acontece em Barnsley, Inglaterra, deixa claro a importância do tema no processo histórico, traçando um panorama dos hábitos e costumes que começa nos anos 50 e vai até os dias de hoje.

O conceito da exposição é do cabeleireiro Andrew Barton que desejou, desta maneira, dar a devida relevância ao tema, criando uma retrospectiva em que o cabelo é o ponto de partida. “Frequentemente, o cabelo é o link esquecido sempre que se traça a evolução da moda”, comenta Barton.

Fotos, reproduções de anúncios e objetos, como secadores, compõem a mostra que ilustra as principais mudanças ocorridas nas últimas décadas. Estão lá o papel dos salões de beleza no pós-guerra europeu e as novidades tecnológicas como permanentes e apliques, o impacto da cultura Teddy Boy e Teddy Girl, os cabeleireiros celebridades – como Vidal Sassoon e o próprio Barton ‒, a Swinging London e o estilo Mod com seus cabelos tingidos, o Black Power como expressão política do Black Pride, o punk e o street style e, por fim, o viés genderless atual.

Beehives, Bobs and Blow-dries pode ser conferida até o dia 7 de abril no centro cultural The Civic.

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