Eles nasceram em um mundo sempre on, rodeados de celulares e tecnologia. Cresceram ultraconectados neste mundo que também é cheio de contrastes: riqueza/ pobreza, ética/corrupção, crescimento/recessão, segurança/ violência. Este cenário fez da Geração Z, jovens que nasceram entre 1995 e 2000, um grupo único com hábitos e expectativas bem característicos. E mais: um grupo que, segundo análises de mercado, tem grande influência nas decisões de consumo familiares apesar da pouca idade.

A consultoria The Future Laboratory resumiu em uma frase o jeitão desta geração: “Blink, share, laugh, forget”, que em tradução livre é “Pisque, compartilhe, ria, esqueça”.  Porque os Zs são rápidos no raciocínio, feras na leitura visual, multitelas e multitarefas.

Um estudo recente da IBM, realizado em parceria com a National Retail Federation, aponta três características que distinguem a Geração Z das anteriores em sua relação com o mercado.

Zs são práticos e céticos. Buscam por qualidade e autenticidade e não se deixam levar por estratégias de marketing. Transparência é tudo. Esta é uma geração bombardeada por milhares de fake news diariamente e, por isso mesmo, menos suscetível a engodos e mentiras. Não adianta dourar a pílula. Para ganhar a confiança de um Z, uma marca precisa ser autêntica, ter um discurso que bate com a prática.

Zs são iguais e também diferentes. Sim, a geração Z possui hábitos similares. Mas até a primeira página. Porque cada um deles espera ser tratado de modo particular, ter suas expectativas pessoais levadas em consideração.  A fluidez e a velocidade com que os Zs navegam por plataformas e aplicativos tornam o relacionamento com este grupo desafiador. Sempre on, eles esperam que as marcas estejam prontas para interagir 24/7, seja em que plataforma ou dispositivo for. E desejam uma interação pessoal e única.

Zs são brand enthusiasts mas… A intensidade com que esta geração se engaja a uma marca é diferente.  Lealdade acima de tudo, tal como acontecia com os baby boomers e Gerações X e Y, não existe mais. O engajamento deste grupo depende, em primeiro lugar, de uma variável chave: autenticidade. Eles valorizam marcas que são autênticas, que sejam “de verdade”, e que correspondam às suas expectativas. Caso contrário, a fila anda.

Mas, afinal, o que é uma marca autêntica? Para esta geração é uma marca capaz de demonstrar continuidade, credibilidade, integridade e simbolismo. Continuidade porque tem história, sobrevive ao tempo e às tendências. Credibilidade porque cumpre o que promete e não trai as expectativas do consumidor. Integridade porque é ética e realmente se importa com o outro. Simbolismo porque é uma marca que adiciona significado à vida das pessoas e as conecta com aquilo que é realmente importante, uma marca que conecta as pessoas ao seu verdadeiro eu.